quarta-feira, 11 de junho de 2014

Colorido novo












Há novo brilho em meus olhos, nova cor em minha vida. Meus sorrisos andam mais amplos e frequentes e meus suspiros mais longos e esperançosos. 
Conheci alguém... E ele é especial... Torna meus dias mais coloridos, traz mais ânimo aos meus projetos. 
Há um ano, como tudo era diferente... Não havia corações em meus olhos, apenas lágrimas. Nem em meus lábios havia sorriso ou qualquer alegria em meu coração.
Sinto que uma nova fase se inicia para mim. Não sei ainda exatamente aonde essa nova fase pode me levar, mas não tenho medo. Tenho aguardado pela pessoa certa há muito tempo, acho que durante toda a minha vida na verdade. E não sei exatamente o motivo, mas sinto que agora encontrei. 
Sim, encontrei... Nova cor... Novo brilho... Encontrei você...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Ele é perfeito...
















Ele é perfeito. Quando nos conhecemos olhou primeiro em meus olhos e não em meu decote. Tocou primeiro em minha mão, e não em meu corpo. Sentiu primeiro carinho e não atração.

Ele é perfeito. Passamos horas conversando e o assunto não se esgota. Tem opiniões diferentes, mas olha para as minhas com respeito.

Ele é perfeito. Nosso primeiro beijo também foi. Parecia que nossos lábios tinham sido desenhados um para o outro. E o sabor de sua boca era algo entre o doce do mel e o frescor da hortelã.

Ele é perfeito. E quando fizemos amor pela primeira vez eu confirmei como ele é mesmo perfeito. O ritmo de nossos corpos é sincronizado. A textura da sua mão em meu corpo é como veludo acariciando suavemente. Ele não tem pressa. Ele não me devora, me degusta. Sim, como se eu fosse um vinho caro.

Ele é perfeito. Sua presença me acalma. Sua voz me embala. Seus carinhos me enlevam...

Ele é perfeito. Ou quase... Para ser mesmo perfeito, só precisa existir...


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014














Palavras

Saudade, Amor, Felicidade...
Alegria, Paz, Solidão...
Palavras... Palavras apenas
Às vezes vazias, 
Outras vezes tão cheias...
Cheias de sentimentos ocultos,
Cheias de significação
Para quem as conhece
Ou um dia já conheceu...
Ou que um dia as perdeu...
SAUDADE:
Ainda sinto, apesar de não saber
Exatamente de quê - 
Da ALEGRIA
Que poucas vezes tive?
da PAZ
Que raramente sinto?
Da FELICIDADE
Que nem ao menos conheci?
AMOR - 
Elemento estranho,
Distante da minha vida.
E hoje, de tantas palavras
Soltas ao vento da minha inexistência,
Apenas uma me resta,
Me acompanha,
Nunca me deixa...
SOLIDÃO...












Desencontros

Amor - sentimento paradoxo...
Edificante, se correspondido.
Destruidor, se ignorado.
Fogo que consome... Mata
Lentamente...
Dor, tortura,
Doença sem cura.
Peste que assola causando mortandade
De sonhos,
Da alma,
Do próprio Sentimento.
Anjo de luz - 
Manso e cativante,
Porém ardiloso e cruel.
Tira-nos o sono,
Tira-nos a alegria,
Tira-nos a vida.
Amor...
Tormento dos tormentos:
Sempre amo alguém
Que nem gosta de mim...
Sempre choro por alguém
Que também sofre por outrém.
Mas, nesses desencontros
Talvez
Em uma esquina da vida
Quem sabe, nos encontremos
E nos amemos...
Não somente eu a você,
Mas também você a mim.
E, quem sabe então,
Não seremos apenas você e eu,
Mas nós.
E talvez o amor
Se descomplique,
Simplifique
E fique.
E, quem sabe, finalmente,
Seremos felizes realmente
Até que o coração pare de bater!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013














MOMENTOS
Nossa vida é composta por momentos. Claro, isso todo mundo sabe, chega a soar algo clichê iniciar uma postagem assim. No entanto, como a última moda é ignorar tudo o que parece clichê, acabamos perdendo a noção da importância de certas verdades aparentemente banais, inclusive esta - a de que nossa vida é composta por momentos. Por exemplo, o momento em que você digita meia dúzia de palavras, talvez as mais importantes de toda a sua vida, porém hesita um instante e ao invés de clicar "enviar", você prefere "deletar". Ou o oposto, quando você, sem pensar, envia e depois se arrepende amargamente pelo resto da vida. 
Há também o momento em que as palavras estão "amarradas" na garganta, urrando desesperadas para sair, mas você as tranca, e elas escorrem pelos olhos em forma de lágrimas. Ou se disfarçam às vezes de sorriso, às vezes de desprezo...
Mas também existem momentos que não estão diretamente envolvidos com palavras. Digo diretamente porque mesmo não ditas ou escritas, as palavras estão envolvidas. O momento da troca de olhares. Quantas palavras em tão poucos segundos quando dois olhares se cruzam... Certos momentos desse tipo talvez nunca possam ser traduzidos em palavras, todas as existentes talvez fossem poucas.
E assim a vida segue, momento a momento, às vezes com uma fluidez tranquila e serena, às vezes meio truncada e aos solavancos. Mas enquanto houverem momentos, sejam eles quais forem, saberemos que há vida. E esse é o momento mais precioso...











"Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão
Meu vício agora é a madrugada
Um anjo, um tigre , um gavião
Que desenho acordada
Contra o fundo azul da televisão
Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar...é voar
Não vou mais verter
Lágrimas baratas sem nenhum porque
Não vou mais vender
Melôs manjadas de Karaokê
E mesmo assim fico interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante ficarei assim...
Desedificante
Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar... é voar"
(Kid Abelha)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

História de Amor




















"Vieste...
E me falaste de alguém infiel que traíra tua vida,
E a quem deras, no entanto, teu amor...
Vieste, e me falaste a linguagem de fel, da tua alma ferida,
E em teus olhos havia, atormentada e presa, uma imensa tristeza, um profundo amargor...
Quem te viu como eu vi, - a falar a linguagem da suprema amargura,
Da incurável desilusão,
Como quem abatido chega ao fim da viagem
E encontra um velho sonho de ventura em pedaços no chão...
Quem te viu como eu te vi - beirando o precipício e quase em desatino,
Sem saber procurar sequer um novo início para o teu destino...
Vieste... E eu dei-te o abrigo dos meus braços,
Comovi-me e senti meus olhos baços diante da tua dor...
E sem que eu própria saiba como consegui,
Aos poucos, muito aos poucos, dia a dia, eu vi que vencias o infiel, o amargurado amor...
Uma tarde, em que te vi chegar, rindo e chorando,
Numa emotividade que punha em teu olhar imprevisto esplendor
Pensei que nessa tarde enfim eu te pudesse desvendar meu segredo de felicidade
E pedir o teu carinho para o meu amor...
Chegaste... me estendeste a mão e me disseste,
Entre terno e comovido:
"Ah, minha amiga! Nem tu compreenderás todo o bem que me fizeste, agora que afinal posso seguir de novo, radiante, sem perigo...
E entre terno e comovido, silenciaste
E me entregaste a mão...
Era a despedida...
Pior que a despedida: - era a separação...
Num derradeiro gesto impensado, numa alegria louca,
No instante de partir:
Beijaste-me na boca
E te foste a sorrir...
Para quê?
Para que beijaste-me na boca?
Hoje a minha alma sofre
E o meu desejo goza
A angústia dessa lembrança...
Ah, meu amor... O quanto foste louco...
E impiedoso...
E quanto foste criança!"
Poema de J.G. de Araujo Jorge, extraído do livro
"Meu Céu Interior", 1ª edição, 1934