sábado, 25 de abril de 2009

O paradoxo do nosso tempo
















Nós bebemos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito tarde, acordamos muito cansados, lemos pouco, assistimos TV demais e raramente vamos à igreja. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos à Lua e voltamos, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o universo, mas não o nosso próprio espaço.
Fizemos muitas coisas maiores, mas poucas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar, e não a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do "fast food" e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fralda e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e pouco na alma.
É preciso abraçar mais, passar mais tempo com as pessoas que amamos, pois elas não estarão aqui para sempre. Um abraço pode curar um coração ferido e não custa nada.
É preciso perder o medo de dizer "eu te amo", de demonstrar afeto, de ser gentil.
É tempo de aprender a viver, viver intensamente, pois a única coisa que se leva dessa vida, é a vida que aqui se leva...

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