sábado, 25 de abril de 2009

Petrópolis, 04 de março de 2005.

(sexta feira)
São 7h da noite, no corredor há um barulho insuportável. Estou morando no prédio do Residencial Feminino e 150 meninas se preparam para ir ao culto. Hoje foi meu dia de folga, mas fui acompanhar a mãe de uma das alunas para levá-la ao médico. Estou cansada e tudo o que eu mais queria agora seria o silêncio. Preciso ficar sozinha e chorar, chorar, chorar, até cansar e dormir. Tenho estado muito triste ultimamente, sinto uma solidão tão grande que chego a sufocar. Sinto falta de alguém ao meu lado, de um relacionamento forte e estável, de uma vida comum... Todas as desilusões, todos os erros que cometi, parecem pesar imensamente sobre meus ombros, e sinto como se a cada vez que tentasse consertar as coisas, algo pior acontecesse.
Minha vida é tão enrolada que parece uma gigantesca bola de neve, rolando precipício abaixo e que nada, nem ninguém poderá evitar a queda e consequente catástrofe.

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