Petrópolis, 28 de fevereiro de 2005.
(segunda feira)
Tenho um nó em minha garganta desde cedo, mas não consigo chorar. Não consigo entender, às vezes passo horas à noite pensando e procurando motivos para que certas coisas aconteçam comigo, procurando entender porque às vezes parece que nada dá certo... Não quero parecer dramática, mas às vezes tenho a impressão que para o pouco tempo que vivi, muita coisa ruim me aconteceu: uma infância pobre e traumática, uma adolescência curta demais, a perda de meu primeiro filho, dois casamentos fracassados, as dificuldades financeiras constantes, o amor impossível, a solidão infinita que insiste em me perseguir mesmo em meio a multidões...
Reconheço que houve momentos de felicidade e bênçãos, mas acho que hoje estou triste demais para poder enumerá-los. Minha vida se apresenta escura e não vejo luz no fim do túnel...
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